Glaidson tornou-se milionário depois de movimentar pelo menos R$ 2 bilhões em uma empresa suspeita de aplicar o golpe conhecido como "pirâmide". A G.A.S. Consultoria Bitcoin prometia 10% de lucro em investimentos de clientes no mercado de criptomoedas.
O chamado arresto de bens – medida para garantir o pagamento de uma parte prejudicada em um processo – foi para atender ao pedido de uma associação nacional ligada à defesa do consumidor que está processando a G.A.S. A associação pediu à Justiça que a companhia deposite R$ 17 bilhões para ressarcir ex-clientes de Glaidson.
Valor ainda seria insuficiente
O pedido foi protocolado no dia 1º de março pela Associação Nacional Centro da Cidadania em Defesa do Consumidor e Trabalhador (Acecont), e foi distribuído à 2ª Vara Empresarial da Capital.
No documento encaminhado ao g1, além do depósito bilionário, os autores da ação também pedem que seja responsabilizada no processo a advogada Mônica Lemos.
Segundo o texto, a advogada que atua na defesa de Mirelis Zerpa (mulher de Glaidson), que está foragida, afirmou a ex-clientes do casal que a G.A.S tem dinheiro para quitar as dívidas com eles.
Na decisão da 2ª Vara Empresarial, a juíza sinalizou que o dinheiro localizado e bloqueado pela Justiça não supre as dívidas dos clientes da GAS.
"Realmente, há indícios de irregularidade na atividade da parte ré, que está na posse do capital investido pelos contratantes. O parecer da Procuradoria da República foi no sentido de realizar a verificação e habilitação de créditos, conforme previsto nos artigos 7° e seguintes da Lei 11.101/05, o que indica que o crédito dos lesados é superior ao patrimônio arrecadado", escreveu Maria Cristina de Brito Lima em sua decisão.
Crimes contra o consumidor
A ação atribui ainda a Mônica Lemos "crime contra as relações de consumo", previsto no Código de Defesa do Consumidor, e também aponta para um suposto crime de favorecimento da advogada.
Os autores da ação dizem que Mônica e o marido dela, Samuel Lemos, eram sócios de Vicente Gadelha (um dos alvos da Operação Kryptos) numa empresa que movimentava o dinheiro da G.A.S.
Na decisão da 2ª Vara Empresarial, a juíza sinalizou que o dinheiro localizado e bloqueado pela Justiça não supre as dívidas dos clientes da GAS.
"Realmente, há indícios de irregularidade na atividade da parte ré, que está na posse do capital investido pelos contratantes. O parecer da Procuradoria da República foi no sentido de realizar a verificação e habilitação de créditos, conforme previsto nos artigos 7° e seguintes da Lei 11.101/05, o que indica que o crédito dos lesados é superior ao patrimônio arrecadado", escreveu Maria Cristina de Brito Lima em sua decisão.
Crimes contra o consumidor
A ação atribui ainda a Mônica Lemos "crime contra as relações de consumo", previsto no Código de Defesa do Consumidor, e também aponta para um suposto crime de favorecimento da advogada.
Os autores da ação dizem que Mônica e o marido dela, Samuel Lemos, eram sócios de Vicente Gadelha (um dos alvos da Operação Kryptos) numa empresa que movimentava o dinheiro da G.A.S.
Também no vídeo, Mônica diz aos moradores do sertão paraibano que eles precisavam se "fortalecer emocionalmente", e orientou as pessoas a pararem de "ouvir fakenews".
"Enquanto a empresa não tá voltando, vamos canalizar a energia pra outras ideias, outros projetos, outras coisas. Vamos pensar que vai dar certo. Vamos nos fortalecer emocionalmente. E sobretudo, vamos deixar de ouvir fakenews. (...) Eu prefiro confiar em Deus e na minha intuição de que tudo vai dar certo."
Ao relatar a visita a Glaidson na prisão, a advogada afirmou ter encontrado um "homem íntegro" e "forte", e que estava "buscando Deus". "Ele está muito convicto de que vai sair disso e vai poder provar a sua inocência, até porque nós não sabemos que houve lesão."
Fonte:G1